Companheiras/os, bom domingo!
Todas/os já devem ter lido a matéria do Valor Econômico intitulada “Governo anunciará programa para autonomia financeira de universidades“, de 10/07, e, portanto, devem estar a par da convocação que o MEC fez aos reitores e pró-reitores de Planejamento das universidades federais para conhecerem a proposta de reforma da gestão das universidades federais (cf. também, a matéria “MEC quer minguar financiamento das federais“, da Redação Adufrj).
A proposta, que tem um forte viés privatista, é chamada de Future-se!!!
Diante de tal nome, não posso deixar de lembrar do velho Chico de Oliveira, falecido na última quarta-feira, dia 10/07, que soube tão bem mostrar que as políticas modernizadoras empregadas pelas nossas elites são formas de perseverar o mais profundo atraso que marca a formação da nossa sociedade.
Afinal, nunca fomos subdesenvolvidos (esse é apenas um epíteto, um mascaramento, que nos faz agarrar às esperanças das reformas superficiais), mas o resultado de uma economia política que combina o avanço e o atraso, a modernização e a exclusão.
Vem por aí, a toque de caixa (como toda a emergência modernizadora), velhas ideias que hibernavam como carrapatos no alto de galhos, esperando a passagem de um mamífero (a variação térmica) para se projetarem: a cobrança de mensalidades e o fim do serviço público no ensino superior.
Ou acompanhamos com afinco as próximas mobilizações das Centrais Sindicais, Movimentos Sociais e Partidos de Esquerda, formando uma grande coluna de professoras/es nas manifestações do Vale do São Francisco (no mínimo 200 professoras/es da UNIVASF empunhando as bandeiras da “Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade”) ou em breve veremos nosso público alvo se elitizar (isso não significa só variação de classe, mas de cor e de gênero) e, quem sabe, um pouco mais adiante, nos encontraremos no Departamento Pessoal da “Empresa UNIVASF”.
Resistamos,
Adalton Marques
Presidente da SindUnivasf
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